Vista aérea. Foto: Marcelo Coelho. |
"Inaugurada em 2008, com projeto do arquiteto Rodrigo Cerviño, esta galeria, que reúne obras de Adriana Varejão, não revela do lado de fora o que se apresenta em seu interior. O “edifício cego”, como denominou Cerviño, é uma grande caixa de concreto suspensa sobre um espelho d’água, que, por sua vez, reflete e amplia a natureza ao redor, propondo um diálogo entre arquitetura e paisagem. O ponto de partida para o desenho da galeria é a própria estrutura que ocupava o local anteriormente, um galpão de apoio para a manutenção da antiga fazenda, que, ao ser retirado, deixou um corte marcado na elevação do terreno, utilizado como base para a construção da galeria"
Na galeria não tem como visitar somente uma obra, pois se entra pelo térreo e a saída é no terraço após passar por todas as obras.
Foto: Eduardo Eckenfels |
A primeira visitada é Linda do Rosário, feita em 2004 de óleo sobre alumínio e poliuretano. "Linda do Rosário (2004) traz em sua superfície a referência
de azulejos comuns, com quadrados de cerâmica branca, recorrentes em
ambientes relacionados com assepsia, como banheiros e cozinhas.
Vísceras, também pintadas, saem do que seria o interior dessa parede
arruinada – uma característica da série Charques, produzida desde os anos 2000.
Nestas esculturas, a arquitetura se associa ao corpo, e a matéria de
construção se torna carne. A artista toma como ponto de partida o
desabamento do Hotel Linda do Rosário, no centro do Rio de Janeiro, em
2002, e o mistério romântico idealizado sobre dois hóspedes, um possível
casal de amantes, que mesmo avisados do eminente colapso do edifício
teriam escolhido permanecer no quarto."
Foto: Eduardo Eckenfels |
Subindo as escadas chegamos na segunda obra "Celacanto provoca maremoto (2004-2008) foi apresentada pela primeira vez, em 1999, na Galeria Camargo Vilaça (São Paulo) em versão reduzida e com outro título: “Azulejões”. Foi a partir de sua montagem na Fondation Cartier pour l’Art Contemporain (França), em 2005, que Adriana Varejão concebeu o formato atual do trabalho, que hoje ocupa as quatro paredes da sala da galeria.
A artista tem como ponto de partida a azulejaria barroca portuguesa, em que o jogo de formas, volumes e sombras é recorrente nesse estilo artístico. Aqui, quatro paredes com 184 azulejões, com a superfície craquelada como se tivessem sofrido a passagem do tempo, são montados de maneira desordenada, a produzir a aparência de uma grande onda, um maremoto. O título da obra remete às pichações encontradas no Rio de Janeiro, na década de 1970, feitas por Carlos Alberto Teixeira, que se inspirou na frase que ouviu na série japonesa National Kid, e que teve grande repercussão na época."
Adriana Varejão nasceu em 1964, no Rio de Janeiro, Brasil, onde ainda vive. "A artista, que trabalha com pintura, fotografia, escultura e instalação, começou seus estudos em artes visuais em 1983, na Escola de Artes Visuais do Parque Lage (Rio de Janeiro). As primeiras obras de Adriana Varejão já apontam questões e referências que permanecem presentes até hoje, como seu interesse pela história da colonização portuguesa no Brasil e a violência desse processo."
Fonte: Site Inhotim
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