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07 dezembro 2021

Caminho Velho - Estrada Real

Dos quatro caminhos da Estrada Real descritos na postagem anterior, optamos em percorrer o Caminho Velho.

A decisão se deu por alguns motivos: por passar por cidades que não conhecíamos ainda, por unir o histórico das cidades mineiras com a praia de Paraty, e também pela opção de no caminho passear de balão. Mas isso é assunto para uma próxima postagem.

O Caminho Velho foi o primeiro caminho oficial criado pela coroa portuguesa para escoar o ouro explorado em Minas Gerais para o porto de Paraty. No século 17, essa viagem durava em torno de 60 dias, feito a cavalo e carroças pelos tropeiros.

A Estrada Real recebe esse nome, não porque a realeza passava por ela, e sim porque foi criado por ela, para poder controlar os recursos transportados.

Nesse caminho percorremos 710 km e leva: 15 dias de bicicleta, 24 dias a cavalo, 48 dias a pé e 8 dias de carro, desde que não pare nas cidades para conhecê-las. Nós fizemos de carro uma viagem de 18 dias pelo caminho velho e visitando Ouro Preto, Congonhas, Tiradentes, São João del Rei, São Lourenço e Paraty.


Dos 710 km, 320 km são de subidas e descidas. Deles 11,5% são de asfalto, 82,5% de estrada de terra e 6% de trilhas. As trilhas não são indicadas para carros. Nas planilhas disponibilizadas no site do Instituto da Estrada Real informam quando não é indicado para carro. Ir no sentido de Ouro Preto a Paraty requer menos esforço físico, pois conta com a altimetria a nosso favor.

No site informa que a modalidade de carro é Fora da Estrada 4x4. Mas fizemos o percurso com um HVR que é alto, mas não é um 4x4. E fomos tranquilamente.

Por causa do tempo de férias não conseguimos fazer na totalidade pelas planilhas. Mas mesmo assim nos dias que tínhamos mais tempo ou nada com data marcada optamos em fazer pelo trajeto original a usar o asfalto. Seguindo o máximo possível as planilhas, que salvei no meu celular e íamos conferindo de tempo em tempo.

Nosso planejamento foi criado levando em conta o tempo e o que queríamos fazer. Por conta disso e pra não desperdiçar nenhum dia, saímos de férias e começamos a viagem numa quarta-feira, pois tínhamos as cidades específicas para conhecer e montar os conteúdos delas, e precisávamos estar em São Lourenço no final de semana para podermos fazer um voo de balão. Sim, não precisa ir para Capadócia para voar de balão.

Em cima das planilhas disponibilizadas e da pesquisa no Google Maps, montamos o dia-a-dia. Se usar somente o Google Maps ele só indicará as estradas asfaltadas. E sairá do roteiro original.

O roteiro ficou o seguinte:

1º dia: Vitória a Ouro Preto

2º ao 5º dia: Passeios por Ouro Preto e Mariana

6º dia: Santo Antonio do Leite – Congonhas

7º dia: Entre Rio de Minas – Lagoa Dourada – Prados – Bichinho – Tiradentes

8º e 9º dia: Tiradentes e São João del Rei

10º dia: Passeio de Maia Fumaça – Carrancas – Cruzília – Baependi – Caxambu

11º dia: São Lourenço

12º dia: Pouso Alto – Itamonte – Itanhandu – Passa Quatro – Guaratinguetá – Cunha

13º ao 16º dia: Paraty

17º ao 18º: Volta para casa 

Passaporte da Estrada Real

Pegamos nosso passaporte em Ouro Preto, no Centro Cultural SESI Minas, na Praça Tiradentes. Ali também funciona a Casa das Latas. Não esqueça de levar 1kg de alimento não perecível ou um agasalho para doação.

Dia a Dia

O Caminho Velho começou, propriamente dito no:

Dia 6: Ouro Preto – Santo Antônio do Leite – Congonhas

Saímos sem pressa de Ouro Preto pois o trecho até Congonhas é rápido e a Basílica do Senhor Bom Jesus de Matosinhos não abre na segunda feira.

Trecho bem tranquilo. O local indicado para coletar o carimbo, bem em frente à Igreja Matriz de Santo Antônio do Leite estava fechado, então fomos Hotel Ville Real e aproveitamos para almoçar lá.

Em Congonhas nos hospedamos no Hotel Circuito dos Inconfidentes, que fica a 400m da Basílica. E no caminho fica o Pouso Café do sr Luzinho, onde pegamos o carimbo correspondente.

** Sugestão: o sr Luizinho tem uma lojinha com recordações da Estrada Real. Não deixe de passar lá e registrar seu carimbo.

Dia 7: Entre Rio de Minas – Lagoa Dourada – Prados – Bichinho – Tiradentes


Até Lagoa Dourada, foi bem tranquilo, pelo asfalto, onde experimentamos o famoso rocambole da cidade. Lagoa Dourada é considerada a Cidade do Original Rocambole. No local para carimbar o passaporte é logo no início da cidade, mas fomos experimentar o rocambole na rua principal que você pode escolher entre várias lanchonetes. Experimentamos no “Famoso Rocambole”. Aprovadíssimo. Entendi por que muita gente vem aqui só pra comprar e levar as encomendas de rocambole.

Saindo de Lagoa Dourada, seguimos as orientações da planilha, ou tentamos. A orientação para quem está de carro fala para seguirmos pelo asfalto até o segundo ponto de ônibus à esquerda. Inicialmente interpretamos que seria o segundo ponto que fica do lado esquerdo, mas a interpretação correta é o segundo ponto do lado esquerdo ignorando todos os que ficam a direita. 😁😀

E com essa errônea interpretação entramos no lugar errado, e não conferimos a sequência da numeração dos marcos, nesse trecho, então ao invés de subir a numeração estávamos voltando. Quando resolvemos conferir percebemos o erro e tivemos que voltar, pois estavamos num trecho indicado como trilha, sem condições de seguir de carro. Voltamos ao asfalto e redirecionamos nosso GPS interno. 😁😀

Hoje foi a tarde de aventuras. Na noite anterior teve uma chuva forte na região. Nos deparamos com uma porteira (indicada na planilha), tranquilamente ultrapassamos esse obstáculo. Mas o próximo não previsto foi mais complicado. Um bambuzal no meio da estrada. No vídeo mostra toda a “função” para liberar a estrada.

O destaque do dia é o vilarejo de Bichinho. Fica há 10km de Tiradentes. Pode fazer um bate-e-volta que vale super a pensa. Uma vila muito agradável.

Em Bichinho tem a Casa Torta, um espaço de recordações lúdico, que faz os adultos brincarem
novamente. Funciona de quarta a domingo de 10h as 17h. Não visitamos pois estava fechado. Mas só as fotos externas já são divertidas. Comprando on-line tem preço promocional. Já faça uma pré-visita no site.


Já quase na saída de Bichinho encontramos o Museu do Automóvel da Estrada Real. Com 90 peças, entre automóveis, bicicletas e motos, de várias épocas. Tem estacionamento e lanchonete no local.

Dia 10: Carrancas – Cruzília – Baependi – Caxambu – São Lourenço

 

De Tiradentes a Carrancas fizemos pelo asfalto. Mas de lá até Cruzília só de estrada de terra. Estrada bem ruim, muito trânsito de caminhões por causa da extração de madeira da região. São mais ou menos 70km, mas levamos umas 2hs no trecho. Foi o trecho mais demorado, proporcionalmente.

 

O restante do dia foi bem tranquilo.

 

Dia 12: Pouso Alto – Itamonte – Itanhandu – Passa Quatro – Guaratinguetá – Cunha – Paraty

 

Fizemos esse dia todo pelo asfalto, passando pelas cidades da Estrada Real mas não seguimos pelas estradas planilhadas.

 

Das cidades, não conseguimos registrar o carimbo em Itamonte, pois a Casa da Cultura que informava aberto todos os dias, no domingo as 10h50m estava fechado. O outro local é o Hotel Fazenda Recanto dos Lagos, mas como fica na parte da estrada de terra que não passaríamos e já tínhamos mais carimbos que o exigido, abortamos esse carimbo.

 

 

Hospedagem na Estrada Real:

Congonhas: Hotel Circuito dos Inconfidentes

Tiradentes: Pousada Casa de Violeta

São Lourenço: Pousada Le Sape

Paraty: Pousada Valhacouto

 

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04 dezembro 2021

Estrada Real

Sua história começou no século XVIII, quando a coroa portuguesa decidiu oficializar os caminhos para o transporte de ouro e diamantes das Minas Gerais até os portos do Rio de Janeiro.

As trilhas foram definidas pela realeza, por isso ganharam o nome de Estrada Real.

E usar rotas alternativas para transportar os ricos minerais era considerado crime com pena de morte.

Em 1999 foi criado o Instituto Estrada Real com o objetivo de organizar e divulgar o projeto turístico da Estrada Real.

Em 2019, através do Projeto de Lei 7243/06, a Estrada Real tornou-se Monumento Nacional, apesar de depender ainda da apreciação do Senado Federal.

É a maior Rota Turística do Brasil, com mais de 1.630km de extensão, passando por 199 cidades. Sendo 169 em Minas Gerais, 22 em São Paulo e 8 no Rio de Janeiro.

A Estrada Real foi dividida em 4 caminhos de acordo com suas peculiaridades. São eles:

  • Caminho Velho: Foi o 1º caminho aberto oficialmente pela coroa portuguesa, também conhecida, no Rio de Janeiro, como Caminho do Ouro, que liga Ouro Preto até o Porto de Paraty. É o trajeto mais longo, com 710km, passando por Congonhas, Tiradentes, São João del Rei, São Lourenço, Caxambu, etc.
  • Caminho Novo: É o mais jovem dos caminhos. Foi criado como uma alternativa mais rápida e fácil ao Caminho Velho. Liga Ouro Preto até o Porto Estrela, às margens do Rio Inhomirim em Magé/RJ. Tem 515km, passando por Petrópolis, Barbacena, Lavras Novas, etc.
  • Caminho dos Diamantes: Liga Diamantina a Ouro Preto e teve grande importância quando as pedras preciosas de Diamantina ganharam destaque na nossa economia e na de Portugal. São 395km e passa por Serro, Cocais, Mariana, entre outras.
  • Caminho do Sabarabuçu: É o menor dos caminhos. Liga Glaura, distrito de Ouro Preto, a Cocais. São somente 160km, passando por Caeté e Sabará. É o caminho mais próximo de Belo Horizonte.

 

Como Fazer

Você pode percorrer a Estrada Real da forma que você quiser: de carro, de moto, de bike, a cavalo e até a pé. Tudo depende de sua disposição e seu tipo de aventura.

Tem partes dos caminhos que são descritos como trilhas. Nessas partes não é aconselhável ir de carro, nem mesmo 4x4.


No site do Instituto da Estrada Real você encontra a descrição de todos os caminhos, todas as cidades que fazem parte de cada caminho, mapas, planilhas super detalhadas de cada um eles e até a sua altimetria. Bem como a relação dos locais onde retirar o Passaporte e os endereços dos locais para carimbá-lo.

Durante todo o percurso você encontra marcos de orientação com numeração descritos nas planilhas.  Os marcos indicam, normalmente em entroncamentos, qual caminho seguir.

Também pode se encontrar um marco onde não tem bifurcação. Esses são para confirmar que está no caminho certo. É bom de tempo em tempo verificar a numeração do marco e conferir com a planilha, que deve estar impressa ou salva no seu celular.

 

PASSAPORTE DA ESTRADA REAL

O Passaporte é um documento que o aventureiro registra, através de carimbos das cidades participantes, o trajeto percorrido. E cumprindo uma quantidade mínima de cidades/carimbos, conforme o caminho escolhido, no final recebe um certificado comprovando o caminho percorrido.

·  Caminho Velho: 14 carimbos

·        Caminho Novo: 8 carimbos

·        Caminho dos Diamantes: 10 carimbos

·        Caminho Sabarabuçu: 4 carimbos

Deve ser feito um cadastro no site e no local indicado para retirar o passaporte você precisa levar um agasalho ou 1kg de alimento não perecível para doação.

Cada carimbo retrata um monumento importante da cidade visitada, e o local onde deve ser carimbado o passaporte normalmente fica bem próximo a esse monumento.

Depois de finalizar o caminho, se envia um e-mail para passaporteestradareal@fiemg.com.br, com a foto da identificação do passaporte e dos carimbos do respectivo caminho e receberá por e-mail o certificado. Depois de percorrer todos os 4 caminhos recebe um certificado especial.

 


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22 setembro 2021

Guarapari/ES - Meaípe

     Meaípe já foi considerada umas das mais belas praias de Guarapari. E uma das 10 mais belas praias do Brasil, pelo Guia 4 Rodas. Costuma atrair muitos turistas durante a alta temporada.

    A palavra Meaípe vem do tupi "ubeim" (torta doce) e "aipe" (mandioca), então Torta Doce de Mandioca.

    Fica há 70km de Vitoria e 8km do centro de Guarapari.

    Suas areias escuras possuem propriedades terapêuticas. As propriedades únicas da areia monazítica, rica em minerais pesados, ajudam a combater as dores reumáticas, problemas dermatológicos, artrites e dores crônicas. Um grupo de pesquisas da Universidade Federal do Espírito Santo em parceria com a USP estão investigando as propriedades da areia.

    Há alguns anos, com o aquecimento global, o nível do mar está subindo com reflexo direto na erosão  costeira. A faixa de areia da praia está praticamente extinta. E causando desmoronamento na rua da orla. Hoje já está finalizada a obra de contenção e criado um calçadão para se contemplar a praia. Ainda existe áreas para banhistas, apesar de bem reduzida.  Mas a infraestrutura ainda continua bem rica, com vários restaurantes, bares e hotéis.

 



 Como chegar a Meaípe, indo da Capital

    Passando pela 3ª ponte, por Vila Velha e seguindo pela Rodovia do Sol, ES-060, até Guarapari. Estrada com vários radares de velocidade. É privatizada e possui pedágio.

    Meaípe fica na parte sul da cidade. Chegando em Guarapari, para evitar atravessar a cidade, com muitos quebra-molas e trânsito lento, criou-se um contorno que agiliza a viagem. As placas de informação indicam muito bem esse caminho. No trevo, ao final do contorno, já se avista o mar, faça o contorno e retorne para o norte.

 

O que comer em Meaípe

A gastronomia de Meaípe é rica em frutos do mar. 

* O principal destaque é a renomada Moqueca Capixaba, que já foi premiada pelo Guia 4 Rodas, com vários restaurantes na rua da orla.


 

 

 * O Bolinho de Aipim recheado é um salgado frito, imperdível. Ele cabe na palma da mão e é bem grande. Normalmente pesa em torno de 450g. Tem diversos sabores de recheio. 


 

* Na orla tem várias carrocinhas de doces como cocadas de diversos tipos e pé-de-moleque.






Tchau Meaipe!!



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19 maio 2021

Estrada Real - Caminho Velho - Ouro Preto/MG a Paraty/RJ



Agora que já decidimos para onde vamos nas nossas próximas férias, tentando evitar o máximo aglomerações e locais fechados, vamos começar a montar o planejamento da viagem.

Pra começar só deixando o gostinho e atiçando a curiosidade de todos para o vem por ai.

Pouco a pouco vamos colocar aqui a evolução de nosso planejamento.

Vamos fazer o Caminho Velho da Estrada Real, que vai de Ouro Preto/MG até Paraty/RJ.