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30 maio 2022

Uma rapidinha em Belo Horizonte/MG

O que fazer em Belo Horizonte em apenas 1 dia?

Saímos de Vitoria/ES bem cedinho no sábado, no primeiro voo para Belo Horizonte. Chegamos no Aeroporto Internacional de Confins, que fica há uns 30 a 40km de Belo Horizonte, dependendo de onde ficará na cidade.

Pegamos o carro que alugamos e fomos para Inhotim, que era nossa vontade de conhecer há bastante tempo. Não deixe de ver como foi  nosso passeio aqui e em vídeo.

Um detalhe sobre o aluguel de carros no Aeroporto de Confins é que você não retira o veículo no aeroporto. Só tem quiosques de informação. Eles te levam de van até o local onde ficam o atendimento e os veículos. E nesse local também é a devolução.

Depois de um dia incrível em Inhotim, fomos para Belo Horizonte e ficamos hospedados na região da Lagoa da Pampulha para uma boa noite de descanso. No dia seguinte saímos para visitar Belo Horizonte, veja como foi no vídeo abaixo.

 

    


Belo Horizonte é a capital do estado de Minas Gerais, na região sudeste do Brasil. Fica a 852m de altitude, cercada pela Serra do Curral. É o sexto município mais populoso do país com mais de 2,5 milhões de habitantes (estimativa do IBGE para 2021).

Sua fundação data de 12/12/1897, quando se percebeu que Ouro Preto, capital do estado na época, não apresentava alternativas para um desenvolvimento urbano por causa, principalmente, da topografia, o que gerou a necessidade de transferir a capital do estado para outra localidade.

Passamos a manhã na região da lagoa da Pampulha, que além da lagoa fica o Conjunto Arquitetônico da Pampulha que é um projeto elaborado por Oscar Niemeyer a convite do então prefeito Juscelino Kubitschek, que visava a modernização arquitetônica da cidade.


Lagoa da Pampulha

A Lagoa da Pampulha não é uma formação natural. Ela foi construída através de represamento do Ribeirão Pampulha com a finalidade de abastecimento de água para a cidade e amortecer enchentes. O idealizador da obra foi o prefeito Otacílio Negrão de Lima em 1936, mas a obra só foi finalizada em 1943 na gestão do prefeito Juscelino Kubitschek.


A lagoa possui um formato próprio devido as represas em vários braços do ribeirão.

Fonte: portal.iteleport.com.br

JK aproveitou a lagoa para construir o conjunto arquitetônico, no seu plano de modernização da cidade. Em volta da lagoa, além do conjunto arquitetônico, existe uma imensa estrutura de lazer, como o estádio Mineirão, o ginásio Mineirinho, o Zoológico de Belo Horizonte e pista para ciclismo e caminhada. E também é cenário para a Volta Internacional da Pampulha, corrida de rua de 18,5km.

O Conjunto Arquitetônico da Pampulha começou com o projeto, do jovem arquiteto Oscar Niemeyer, que consistia em edifícios em torno da lagoa artificial da Pampulha: um cassino, uma igreja, uma casa de baile, um clube e um hotel. Começou a ser construído no início da década de 1940 e inaugurado em 1943, com exceção do hotel, que não vingou. 

O Cassino funcionou até 1946 quando o jogo foi proibido no Brasil. Em 1957, passou a funcionar como Museu de Arte da Pampulha (MAP). Possui um acervo de 1.400 obras. Mas está fechado para reformas.

Fez parte da nossa visita, em volta da Lagoa da Pampulha: Casa de Baile, Mirante Bandeirantes, Casa Museu Kubitschek e Igrejinha da Pampulha.

 

Casa de Baile

Tinha a finalidade principal de ser um restaurante e espaço de lazer e entretenimento nas noites de Belo Horizonte, com atrações musicais e dançantes. Normalmente os frequentadores do cassino, atravessavam a lagoa em seus barcos, para finalizar a noite na Casa de Baile.
Com o fechamento do cassino em 1946, a Casa de Baile também foi afetada e teve que fechar.
Hoje é utilizada como centro cultural e de eventos.
É instalada  numa ilhota artificial ligada por uma ponte de inspiração japonesa.

Endereço: Av. Otacílio Negrão de Lima, 751 – Pampulha
Funcionamento: quarta-feira a domingo, de 10h as 18h
Acesso gratuito.


 

Mirante Bandeirantes


Foi inaugurado em 2006, em frente à casa Kubitschek, na orla da lagoa da Pampulha. No Mirante foram homenageados com esculturas de bronze em tamanho real Juscelino Kubitschek, Oscar Niemeyer, Cândido Portinari e Roberto Burle Marx. 

Endereço: Av. Otacílio Negrão de Lima, 4200 - Pampulha (em frente a Casa Museu Kubitschek)

De onde tem uma belíssima vista da Igrejinha da Pampulha com Mineirão de fundo.

Iate Clube, Mineirão e Igrejinha da Pampulha ao fundo.

 

Casa Museu Kubitschek

Foi construída para ser a casa de fim de semana do então prefeito Juscelino Kubitschek. Serviu para esse propósito de 1940 a 1945.
A casa foi projetada por Oscar Niemeyer e é cercada por exuberante jardim planejado pelo paisagista Roberto Burle Marx, em terreno de aproximadamente três mil metros quadrados.
Um dos destaque da construção é seu telhado em formato de asa de borboleta, copiado por  muitas residências da época e atualmente.


 

Como museu foi inaugurado em 2013 e possui mobiliário e decoração da época. Dedica-se a contar a história de uma casa modernista dos anos de 1940, 1950 e 1960, por meio de espaços decorados, objetos e estímulos sensoriais.

Endereço: Av Otacílio Negrão de Lima, 4188 – Pampulha
Horário de visitação: quarta-feira a domingo, das 10h às 18h (entrada até as 17h30)
Entrada Franca.


 

Igreja São Francisco de Assis

É considerada a obra principal do Conjunto Arquitetônico. A Igrejinha da Pampulha, como é carinhosamente chamada, foi inaugurada em 1943 mas somente 15 anos depois, em 1958, a Igreja Católica a reconheceu como templo religioso e passou a celebrar missas.
A igreja foi projetada por Niemeyer, seus jardins por Burle Marx e os painéis internos (da vida sacra composta por 14 painéis) e os externos na parte de trás obra de Cândido Portinari, os mosaicos laterais de Paulo Werneck e os baixos relevos de Alfredo Ceschiatti.

Foto: Vanessa Van (Fonte: www.itinari.com)

 

Chegamos no final da missa, no fechar das portas, então não conseguimos fazer a visita ao seu interior. Nos domingos só abre para visitação a tarde.

Endereço: Av Otacílio Negrão de Lima, 3000 - Pampulha
Valor do tíquete: R$ 5,00

Foto: Ronaldo Almeida (Fonte: www.itinari.com)

 

Queríamos almoçar no Mercado Central de Belo Horizonte, então corremos para o centro, mas infelizmente o restaurante que tínhamos escolhido não abre aos domingos. E chegamos muito perto do fechamento do mercado. Então só conseguimos fazer uma rápida visita, mas foi bem legal.

 

Mercado Central

O Mercado Central foi inaugurado em 1929, quando Belo Horizonte tinha apenas 31 anos, quando o prefeito teve a ideia de reunir, num único lugar, os produtores e produtos para abastecer os 47mil habitantes da cidade.
Inicialmente e até 1964 funcionou num espaço aberto, descoberto. Nessa época a prefeitura estava sem verba para continuar a manter o espaço e decidiu vender o terreno. Então os comerciantes se juntaram, criaram uma cooperativa e fizeram uma oferta de compra. A prefeitura aceitou com a condição de que, num prazo de 5 anos, fosse construído um galpão, cobrindo os 14.000m², para o seu funcionamento. E assim foi feito.
Hoje funcionam no mercado mais de 400 lojas, é o único mercado privado e o terceiro melhor do mundo.
É possível encontrar de tudo que é produzido em Minas Gerais. Desde os artesanatos, queijos, doces, temperos, aromas e sabores marcantes da cultura mineira, produtos religiosos, animais, etc. Com alguns corredores e setores temáticos.


 

Endereço: Av Augusto de Lima, 744 - Centro
Funcionamento: Segunda a sábado, das 8h às 18h e Domingo e feriados 8h às 13h
Estacionamento pago que funciona diariamente de 7h às 21h
Site do Mercado Central


Praça da Liberdade

E para fechar o passeio em Belo Horizonte não poderíamos deixar de ir na Praça da Liberdade. Fica no bairro Savassi e no encontro de 4 grandes avenidas do centro: Bias Fortes, Brasil, Cristóvão Colombo e João Pinheiro.

 

Construída no século XIX, originalmente para sediar os prédios dos poderes de Minas Gerais, entre eles o Palácio da Liberdade, antiga sede do governo estadual.
O traçado e seus jardins foram inspirados nos do Palácio de Versalhes na França, que são um convite para passeios e caminhadas. A praça ainda conta com coreto e fonte de águas luminosas.


Em 2010, com a transferência da estrutura administrativa do governo para a Cidade Administrativa, a praça e seus prédios ao redor passaram a compro o Circuito Cultural da Liberdade, com 17 espaços culturais em seu entorno, todos com entrada gratuita. Maiores informações do Circuito da Liberdade.



Fonte: circuitoliberdade.mg.gov.br

Belo Horizonte ainda tem muito mais a se ver. Nossa visita realmente foi uma rapidinha pois tínhamos um compromisso especial para nossa tarde, o jogo de futebol entre o Cruzeiro e nosso Grêmio.


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23 maio 2022

Inhotim/MG - Uma canseira muito agradável no maior museu do mundo.

O Instituto Inhotim possui um dos mais importantes acervos de arte contemporânea do Brasil e é considerado o Maior Museu a Céu Aberto do mundo.

Foi idealizado por Bernardo de Mello Paz na década de 1980, transformando sua propriedade em um museu a céu aberto. Mas para chegar ao que é hoje a propriedade foi se transformando no decorrer do tempo.

O Instituto Inhotim foi criado em 2002, instituição sem fins lucrativos. E em 2006 o espaço foi aberto ao público. O acervo possui obras da década de 1970 até a atualidade, que estão tanto em galerias quanto a céu aberto.


 

 

Onde Fica

O Instituto Inhotim fica a 60 km de Belo Horizonte e 96 km do aeroporto de Confins, na cidade de Brumadinho em Minas Gerais. 


Como Chegar

🚗 De Carro
O aluguel de carro no aeroporto de Confins custa a partir de R$ 100,00 a diária.
O percurso leva em torno de 1h40min, seguindo pela Rodovia Fernão Dias (BR-381), passando por Contagem e Betim.

🚐 De Transfer
A empresa Belvitur presta serviço de transfer para Inhotim, nos fim de semana e feriados, pelos valores (ref. maio/2022):
* Ida e Volta - R$ 95,00
* Trecho (ida ou volta) - R$ 50,00
Embarque: Hotel Holiday Inn - Savassi - Belo Horizonte
Horário da saída: 8h
Horário da volta: 17h30
Compra do bilhete no site da bticket.

🚕 De Taxi
A opção de Taxi ou Motorista de Aplicativo se torna a opção mais cara.
* Aplicativo: saindo de Pampulha R$ 60,00 e saindo do aeroporto R$ 140,00
* Taxi: saindo da Pampulha R$ 93,00 e saindo do aeroporto R$ 200,00

🚌 De Ônibus
Procuramos informações sobre ir de ônibus e não conseguimos achar informação oficial. 


 

Horário de Funcionamento

Parque
Sábado, Domingo e Feriado: das 9h30 até as 17h30
De 4ª a 6ª: das 9h30 até as 16h30
Segunda e Terça fica fechado.

Restaurantes: de 12h até as 17h (durante a semana fecha as 16h)

Lanchonete: durante o período de funcionamento do parque, encerrando o atendimento 30min antes de fechar o parque. Mas no dia que fomos até as 17h30 estava aberto e com bastante clientes, apesar que percebemos que estavam querendo muito fechar.


Ingressos

A compra dos ingressos é feita antecipadamente através do site da Sympla. Os valores, da entrada inteira:
* 1 dia: R$ 50,00
* 2 dias: R$ 88,00
* 3 dias: R$ 120,00
Na última sexta feira do mês a entrada está sendo gratuito. Confira no site do Instituto Inhotim como retirar o ingresso, bem como as regras e comprovações para a meia entrada.

 

Como Circular pelo Parque

Fonte: Rotas Capixabas
A área do parque é de 140 hectares, então para conseguir visitar o maior número de obras nos extremos
do parque, o instituto possui o serviço de carrinhos elétricos, com um custo adicional.
Tem 2 opções de utilização dos carrinhos:
* Exclusivo: com motorista, que fica à disposição durante seu período de visita e te leva onde quiser e no tempo que quiser. Tem a capacidade de 5 pessoas e tem o custo de R$ 750,00; ou
* Compartilhado: com rotas predeterminadas e pontos de embarque específicos. São várias rotas e os carrinhos vão e voltam naquele trecho. o custo é de R$ 35,00 por pessoa e pode usar todas as rotas.

Os tíquetes dos carrinhos podem ser adquiridos antecipadamente pelos sites da Sympla, junto com os ingressos, ou bticket. Os valores são os mesmos, a diferença é onde pegar a sua pulseira para utilização. O da Sympla retira-se junto com o ingressos na bilheteria do parque e os da bticket próximo aos carrinhos.


Como se Situar no Parque

Na bilheteria do parque é disponibilizado o mapa com indicação de todas as galerias e obras, bem como os locais de embarque e desembarque dos carrinhos, restaurantes e lanchonetes. Enfim, tudo para se situar e não se perder, pelo menos não sem a intenção de se perder.

E também pode-se fazer o download do mapa e organizar a visita antecipadamente por aqui.

 


Como foi nossa visita

O parque do Instituto de Inhotim nos proporciona uma visita mesclando arte e natureza. 

São cerca de 700 obras de mais de 60 artistas, de 40 países diferentes. Estão exibidas ao ar live ou pelas 23 galerias construídas em meio a um jardim botânico com mais de 4 mil espécies vindas de todos os continentes.

Para conseguir ver o maior número de obras fizemos um planejamento já definindo o roteiro a ser percorrido. Evitamos as galerias com mais de um artista e colocamos prioridade nas obras que não poderíamos deixar de ver. 

O parque é dividido em 3 eixos: AMARELO (é o eixo central, que não é atendido pelos carrinhos), o ROSA e o LARANJA.

Para entender melhor o mapa, todas as obras com legenda A são as obras ao Ar livre, a legenda G são as Galerias, a legenda B são os destaques Botânicos e J são os Jardins temáticos. Todos indicados no mapa.

O nosso roteiro foi fazer pela manhã o eixo ROSA e AMARELO e à tarde o eixo LARANJA, sempre começando pelas obras mais longe e ir voltando. Ficou assim, marcados em azul (clicando em cada obra, será direcionado pra a página explicativa):

B1-Tamboril / Banco de Tronco de Árvore

     1. A9 - Pinocchio Block Head - Paul McCarthy
     2. G10 - Doug Aitken
     3. G12 - Matthew Barney
     4. A16 - Sem Título - Edgard de Souza
     5. A12 - Invenção da Cor - Hélio Oiticica

    Parada para o almoço no Restaurante Oiticica.

     6. A17 - Narcissus Garden Inhotim - Yayoi Kusama
     7. B1 - Tamboril (árvore símbolo do parque)
     8. G5 - Galeria Cildo Meireles
     9. A6 - Troca-troca - Jarbas Lopes
   10. G3 - Galeria da Praça
   11. G19 - Cristrina Iglesias
   12. A14 - Bean Drop Inhotim - Chris Burden
   13. A24 - Sem Título - Robert Irwin
   14. A15 - Piscina - Jorge Macchi
   15. A13 - Viewing Machine - Olafur Eliasson
   16. G7 - Galeria Adriana Varejão
   17. G20 - Galeria Lygia Pape


O espaço é impressionante,  porque mesmo fazendo um planejamento do que queríamos ver, vimos coisas que não esperávamos e algumas que queríamos ver não conseguimos.

Com certeza é necessário mais de 1 dia para visitar. Vale reservar um fim de semana inteiro para passear e se perder pelas ruelas do parque. Se deliciar com os jardim e descansar nos enormes bancos feitos com troncos caídos da mata.

 

Nossos destaques

G20 - Ttéia 1C - Lygia Papel

G10 - Sonic Pavilion - Doug Aitken (Sons da Terra)

G7 - Linda do Rosário - Adriana Varejão

G12 - De Lama Lâmina - Matthew Barney

A14 - Bean Drop Inhotim - Chris Burden




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22 maio 2022

Inhotim/MG - G20 - Galeria Lygia Pape

 

Foto: William Gomes

"Inaugurada em 2012, a galeria foi projetada pelo Rizoma Arquitetura para abrigar a obra Ttéia 1C (2002), de Lygia Pape. A instalação é o resultado das experiências que a artista iniciou em 1977 com seus alunos a partir da observação das teias de aranha na natureza, e de como a estrutura desaparecia e reaparecia de acordo com a incidência de luz, espécies de colunas, que somem e reaparecem à medida que o espectador caminha pelo espaço.

Elementos da arquitetura, como a ausência total de luz, desafiam a percepção espacial, e o percurso até a obra é conduzido pela intuição de encontrar algo escondido na escuridão."

 

Por causa do escuro e de não poder,  por motivos óbvios, usar o flash a nossa foto não consegue transmitir a beleza da obra.

Dependendo do ângulo que se olha os fios ele desaparece.

 

Foto: William Gomes

Lygia Pape nasceu em 1927 em Nova Friburgo/Brasil. Morreu em 2004 no Rio de Janeiro/Brasil. "Começou a sua formação no MAM – Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, tendo aulas com os gravadores Ivan Serpa e Fayga Ostrower. Esteve envolvida na criação do Grupo Frente (1954) e do Movimento Neoconcreto (1959), importantes eventos de renovação da arte contemporânea no Brasil. Pape desenvolveu trabalhos que buscam fugir dos limites tradicionais da arte, considerando não só o uso de materiais comuns a esse campo, mas também o espaço fora dos museus e a participação do espectador."

 

Fonte: Site Inhotim

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21 maio 2022

Inhotim/MG - G7 - Galeria Adriana Varejão

 

Vista aérea. Foto: Marcelo Coelho.

"Inaugurada em 2008, com projeto do arquiteto Rodrigo Cerviño, esta galeria, que reúne obras de Adriana Varejão, não revela do lado de fora o que se apresenta em seu interior. O “edifício cego”, como denominou Cerviño, é uma grande caixa de concreto suspensa sobre um espelho d’água, que, por sua vez, reflete e amplia a natureza ao redor, propondo um diálogo entre arquitetura e paisagem. O ponto de partida para o desenho da galeria é a própria estrutura que ocupava o local anteriormente, um galpão de apoio para a manutenção da antiga fazenda, que, ao ser retirado, deixou um corte marcado na elevação do terreno, utilizado como base para a construção da galeria"

Na galeria não tem como visitar somente uma obra, pois se entra pelo térreo e a saída é no terraço após passar por todas as obras.

Foto: Eduardo Eckenfels

A primeira visitada é Linda do Rosário, feita em 2004 de óleo sobre alumínio e poliuretano. "Linda do Rosário (2004) traz em sua superfície a referência de azulejos comuns, com quadrados de cerâmica branca, recorrentes em ambientes relacionados com assepsia, como banheiros e cozinhas. Vísceras, também pintadas, saem do que seria o interior dessa parede arruinada – uma característica da série Charques, produzida desde os anos 2000.
Nestas esculturas, a arquitetura se associa ao corpo, e a matéria de construção se torna carne. A artista toma como ponto de partida o desabamento do Hotel Linda do Rosário, no centro do Rio de Janeiro, em 2002, e o mistério romântico idealizado sobre dois hóspedes, um possível casal de amantes, que mesmo avisados do eminente colapso do edifício teriam escolhido permanecer no quarto."

Foto: Eduardo Eckenfels

Subindo as escadas chegamos na segunda obra "Celacanto provoca maremoto (2004-2008) foi apresentada pela primeira vez, em 1999, na Galeria Camargo Vilaça (São Paulo) em versão reduzida e com outro título: “Azulejões”. Foi a partir de sua montagem na Fondation Cartier pour l’Art Contemporain (França), em 2005, que Adriana Varejão concebeu o formato atual do trabalho, que hoje ocupa as quatro paredes da sala da galeria.
A artista tem como ponto de partida a azulejaria barroca portuguesa, em que o jogo de formas, volumes e sombras é recorrente nesse estilo artístico. Aqui, quatro paredes com 184 azulejões, com a superfície craquelada como se tivessem sofrido a passagem do tempo, são montados de maneira desordenada, a produzir a aparência de uma grande onda, um maremoto. O título da obra remete às pichações encontradas no Rio de Janeiro, na década de 1970, feitas por Carlos Alberto Teixeira, que se inspirou na frase que ouviu na série japonesa National Kid, e que teve grande repercussão na época."

 


Adriana Varejão nasceu em 1964, no Rio de Janeiro, Brasil, onde ainda vive. "A artista, que trabalha com pintura, fotografia, escultura e instalação, começou seus estudos em artes visuais em 1983, na Escola de Artes Visuais do Parque Lage (Rio de Janeiro). As primeiras obras de Adriana Varejão já apontam questões e referências que permanecem presentes até hoje, como seu interesse pela história da colonização portuguesa no Brasil e a violência desse processo."

 

Fonte: Site Inhotim

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20 maio 2022

Inhotim/MG - A13 - Viewing Machine - Olafur Eliasson

 

Foto: William Gomes

"Em Viewing Machine (2001), a experiência e o processo de percepção do público estão entre as motivações centrais na criação da obra de Olafur Eliasson. A peça se baseia nos princípios de funcionamento de um caleidoscópio. Convidado a manusear a “máquina de ver”, o visitante pode apontá-la na direção que desejar e observar através dela um ponto de seu interesse.

A imagem final é resultado da sobreposição de reflexos em diferentes posições, graças às angulações dos espelhos internos que revestem as faces do tubo hexagonal. A escultura funciona como uma ferramenta que modifica nossa visão de mundo, e o prazer lúdico que ela proporciona é, em última instância, perceber a si mesmo e o seu entorno."


 
Foto: William Gomes

Olafur Eliasson nasceu em 1967 em Copenhague/Dinamarca. Hoje vive em Copenhague e Berlim/Alemanha. "Iniciou os seus estudos na Royal Danish Academy of Fine Arts (Dinamarca), em seguida, abriu o seu estúdio em Berlim (1995). O seu trabalho envolve instalações e intervenções em grande escala, esculturas e fotografias. Sua produção explora questionar costumes e reações automáticas a partir de experiências sensoriais. É recorrente em suas obras, o uso de elementos como vapor, água, fogo, vento ou o sol."

 

Fonte: Site Inhotim

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19 maio 2022

Inhotim/MG - A15 - Piscina - Jorge Macchi

 

Foto: Pedro Motta

 "Piscina (2009) é a transposição para o espaço tridimensional de uma das aquarelas de Jorge Macchi. Desde meados da década de 1990, o artista desenha objetos do cotidiano em situações fantasiosas ou com funções inventadas.

Assim vemos na obra instalada no Instituto Inhotim, uma piscina que lembra uma agenda telefônica, com índice alfabético nos degraus da escada, dentro d’água. A diferença entre a dimensão do papel e a do mundo real, além de reforçar a sua potência conceitual, constitui um dos principais desafios da obra. O encontro entre o imaginário do artista e a materialização do objeto inventado conta também com a experiência física do espectador."

A piscina é aberta para o público tomar banho. Durante a pandemia está fechada para esse uso.

 

Foto: Eduardo Eckenfels

Jorge Macchi nasceu em 1963 em Buenos Aires/Argentina, onde ainda vive. "Estudou artes na Escuela Nacional de Bellas Artes de Buenos Aires. Desde o final dos anos de 1980, trabalha com diversas mídias, do desenho à instalação, da pintura ao livro de artista.  Em seus trabalhos, a memória é resgatada e histórias que foram, com o tempo, invisibilizadas são recontadas. Para isso, o artista vale-se de situações e objetos extraídos do cotidiano, como mapas, partituras musicais, notícias e páginas de jornal"

 

Foto: Pedro Motta

Fonte: Site Inhotim

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18 maio 2022

Inhotim/MG - A24 - Sem Título - Robert Irwin

 

Visto de dentro do carrinho elétrico.

"A escultura criada por Robert Irwin está localizada no ponto mais alto da área de visitação do Instituto Inhotim. O artista baseou-se em uma linguagem arquitetônica presente em construções feitas a partir de moldes pré-fabricados de concreto. As paredes inclinadas formam uma estrutura octogonal que abriga, no topo de cada parede, vidros triangulares amarelos e texturizados. 

A incidência da luz solar, que varia com o passar do dia, trespassa a escultura aberta para o céu e parcialmente desdobrada, promove no chão e nas paredes da escultura jogos de luz e sombra.  Assim, a obra evidencia a percepção não apenas para a sua estrutura formal, mas também para os fenômenos da natureza a que está sujeita."

Contruída em 2019 com concreto, aço inox, vidro artesanal.

Vista aérea. Foto: Brendon Campos

Robert Irwin nasceu em 1928 em Long Beach/EUA. Hoje vive em San Diego/EUA. "Iniciou sua carreira como pintor abstrato, expondo pela primeira vez na Felix Landau Gallery, em Los Angeles (1957). Foi nesse período que passou a questionar os limites do campo tradicional da arte. Desde os anos 1960, Irwin explora a relação da percepção na arte, por meio de ambientes imersivos em instalações e intervenções, que alteram a experiência física, sensorial e temporal. Integrante do movimento Light and Space, o artista emprega frequentemente luz natural, lâmpadas fluorescentes, gel colorido ou véus para transformar espaços."

Vista aérea. Foto: Brendon Campos

Fonte: Site Inhotim

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17 maio 2022

Inhotim/MG - A14 - Bean Drop Inhotim - Chris Burden

 


"Beam Drop Inhotim (2008) é a recriação de uma obra realizada em 1984, no Art Park, um parque de esculturas no Estado de Nova York, nos Estados Unidos da América, destruída 3 anos depois. Na versão realizada para o Instituto Inhotim, ao longo de 12 horas, 71 vigas coletadas em ferros-velhos próximos de Belo Horizonte foram içadas por um guindaste a 45 metros de altura. Do alto, em um ato performático, elas eram soltas em uma piscina retangular de concreto fresco, que ao endurecer manteve as peças eretas.

O padrão aleatório da escultura é formado pela combinação do controle de Chris Burden, por meio das orientações do artista, à violência e ao acaso provocados pelo peso do material na queda."

Foto: Brendon Campos

Chris Burden nasceu em 1946 em Boston/EUA. Morreu em 2015 em Topanga Canyon/EUA. "É um dos expoentes do movimento da body art, em que o corpo se torna o suporte ou meio de expressão. Sua formação em artes ocorreu na Pomona College (Califórnia) e com o mestrado na Universidade da Califórnia, onde foi aluno de Robert Irwin. Nos anos 1970, desenvolveu uma série de ações, uma delas foi Shoot (1971), em que levou um tiro não letal dentro de uma galeria. Nas décadas seguintes, seguiu interessado em revelar a violência e o risco envolvidos em diferentes relações, dentro e fora do campo da arte."

Foto: Marcelo Coelho.

 

Fonte: Site Inhotim

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16 maio 2022

Inhotim/MG - G19 - Cristina Iglesias

 

Foto: Daniela Paoliello

"Vegetation Room Inhotim (2010-2012) é uma obra concebida especificamente para uma clareira na mata do Instituto Inhotim. Como definiu a artista: “Construí uma sala vegetal sem teto, a céu aberto no meio da floresta, com paredes de aço inoxidável, que refletem a natureza e, portanto, desaparecem, se camuflam”.

O trabalho consiste em uma estrutura espelhada, cujo interior lembra um labirinto. Nem todos os espaços são acessíveis, sendo preciso olhar para fora, para o entorno, para encontrar a próxima porta. A relação entre escultura e arquitetura permeia a produção de Cristina Iglesias e serve como ponto de partida de seus trabalhos, que têm como referências a literatura fantástica do século 19 e a ficção científica.

Vegetation Room Inhotim feita em Aço, inox, bronze, resina de poliéster e fibra de vidro."

 

Foto: William Gomes

Cristina Iglesias nasceu em 1956 em San Sebastián/Espanha. Hoje vive em Torrelodones/Espanha. "Iniciou os seus estudos sobre o campo da escultura no Chelsea College of Art (Inglaterra), em 1980. Desde então, tem trabalhado com instalações, esculturas e site specifics, se interessando tanto pelos espaços da arte quanto pelos espaços públicos. A artista utiliza diversos materiais, como aço, água, vidro, bambu e palha, desafiando a percepção do espectador com formas orgânicas e artificiais"

 

Fonte: Site Inhotim

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15 maio 2022

Inhotim/MG - G3 - Galeria da Praça

 


 "Projetada pelo arquiteto Paulo Orsini, a Galeria Praça foi inaugurada em 2004. Esta é uma das galerias mais visitadas do Inhotim, e serve também como ponto de encontro. Seu nome faz referência a sua localização central, situada entre a recepção, a Loja Design Inhotim e o cruzamento entre os três eixos de visitação.  

Três obras estão expostas em caráter de longa duração nesta galeria: Forty Part Motet (2001) de Janet Cardiff, Abre a porta (2006) e Rodoviária de Brumadinho (2005) de John Ahearn & Rigoberto Torres.  A Galeria Praça conta ainda com uma sala e um vão coberto para exposição de obras em caráter temporário."

Nós visitamos a obra Forty Part Motet (2001) de Janet Cardiff, "que reúne oito conjuntos de cinco caixas de som, cada uma posicionada em um grande semicírculo. Cada caixa reproduz a voz de um integrante do coral da catedral de Salisbury (Reino Unido), captada por microfones individuais, antes do início da música e durante sua execução. À medida que percorre a instalação, o espectador pode se aproximar e se afastar das caixas para ouvir as diversas vozes, e perceber as diferentes combinações e harmonias entre elas.

A composição escolhida para registro chama-se Spem in alium nunquam habui [em nenhum outro está minha esperança] composta por Thomas Tallis, no século 16, para a comemoração do quadragésimo aniversário da rainha Elizabeth I da Inglaterra, em 1575."

Foto: Tiberio França

 

 Janet Cardiff nasceu em 1957 em Brussels/Canadá. Hoje vive em British Columbia/Canadá. "A formação inicial de Janet Cardiff foi em fotografia e gravura pela Queens University (Canadá), em 1980. Após a sua experiência com o cineasta Georges Miller, em 1983, Cardiff passou a produzir trabalhos envolvendo o som e instalações sonoras. Em suas obras, ela explora a emoção, a memória e a imaginação, tendo a audição como sentido central na construção de espaços que permeiam a ficção e a realidade"

 

Fonte: Site Inhotim

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14 maio 2022

Inhotim/MG - A6 - Troca-troca - Jarbas Lopes

 


"Troca-troca (2002) é uma obra de Jarbas Lopes composta por três fuscas coloridos, originalmente amarelo, azul e vermelho, que tiveram suas latarias trocadas, resultando em três carros multicoloridos. Eles foram usados em 2002, pelo artista e um grupo de amigos, em uma viagem do Rio de Janeiro a Curitiba. A comunicação entre os carros era feita por meio de um sistema de som interligado.

No caminho, colaram adesivos nos para-brisas dos carros que encontravam na estrada, produzidos a partir do arquivo de palíndromos do artista Luis Andrade: “zé deserto, três é dez”, “a vadia saída vã”, e “e o bolero; borel oboé”, entre outros. Em 2007, após o restauro, os carros novamente ganharam a estrada, dessa vez de Belo Horizonte a Brumadinho, depois de percorrer as comunidades do entorno."



Jarbas Lopes nasceu em 1964, Nova Iguaçu/Brasil. Hoje vive em Maricá/Brasil. "Jarbas Lopes concluiu seus estudos sobre escultura em 1992, na Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio Janeiro. A sua produção reúne esculturas, desenhos, instalações e performances. Também desenvolve projetos conceituais que operam à margem da lógica capitalista, valorizando o pensamento artesanal e a participação do espectador."

 

Fonte: Site Inhotim

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13 maio 2022

Inhotim/MG - G5 - Galeria Cildo Meireles

 

Foto: Daniela Paoliello

"Assinada pelo arquiteto Paulo Orsini, a Galeria Cildo Meireles foi inaugurada em 2004 e, depois de dois anos, passou por alterações em seu projeto original. Atualmente, estão expostas três obras do artista: Através (1983-89), Desvio para o vermelho: Impregnação; Entorno; Desvio (1967-1984) e Glove Trotter (1991). 

Cada trabalho ocupa uma sala, independente das demais, ressaltando a sua dimensão espacial. A sala que abriga Através, por exemplo, possui duas portas de acesso, que possibilitam ao visitante atravessar a galeria e chegar ao Largo das Orquídeas, jardim temático em frente à Galeria Fonte. Analisados como um conjunto, esses três trabalhos chamam a atenção para a importância da percepção do espectador."

A obra que vistamos foi "Através (1983-1989) tem como ponto de partida as lembranças de Cildo Meireles, de sua infância, de um momento de mudança quando se podia circular livremente entre os espaços domésticos e a rua para quando esses espaços passaram a ser cerceados por mecanismos de vigilância,  tanto no sentido físico quanto no psicológico e ideológico.

O artista parte de objetos e materiais corriqueiros para o uso de construção de barreiras – como grades, cercas  e arames –  para que, através de um jogo formal de elementos, o  visitante caminhe por esse labirinto, cujo chão forrado por cacos de vidro introduz o som como instaurador da atmosfera do trabalho."

Foto: Eduardo Eckenfels

 

Cildo Meireles nasceu em 1948 no Rio de Janeiro/Brasil, onde ainda vive.  "Constrói uma produção interessada em questões sociais, políticas, econômicas e da história (tanto da arte quanto do Brasil). Iniciou os seus estudos em artes na Fundação Cultural do Distrito Federal (Brasília), em 1963. Ele faz parte da geração de artistas brasileiros que, a partir do final dos anos 1960, foi influenciada pela arte conceitual"

 

Fonte: Site Inhotim

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